quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Die Welle

Olá Cinemaníacos!

Die Welle, de Dennis Gansel, é um óptimo filme que nos põe a pensar na, afinal não tão pequena, possibilidade de um regime autoritário se poder reinstalar num país europeu desenvolvido, neste caso a Alemanha, talvez um dos países mais massacrados na época do autoritarismo, tendo vivido anos negros sob o comando nazi de Hitler.
A premissa remete-nos para uma experiência cujos efeitos se tornam devastadores, algo que inicialmente seria uma experiência de aula, um professor resolve transformar uma turma num exército (A Onda), tipo SS, na sala de aula sobre a qual ele lideraria. No entanto, esta Onda alastra-se por toda a escola criando um movimento que reprime todos os que não queiram aderir.
Com um enorme didatismo, esta obra mostra-nos como a sociedade já se esqueceu dos males que um regime totalitário pode provocar e que camuflado seria possível voltar a dominar. Com esta conclusão assustadora, torna-se um filme indispensável para que estes males nunca caiam no esquecimento.

8/10

Obrigado pela visita, bons filmes e voltem sempre!

O trailer:

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Vals Im Bashir

Olá Cinemaníacos!


Vals Im Bashir, o mais recente filme do israelita Ari Folman, é absolutamente espectacular.
Este retrato anti-guerra presenciado na primeira pessoa pelo realizador Ari Folman em busca das memórias de guerra que o seu cérebro apagou.
Folman inventa um novo género cinematográfico, o documentário animado, é incrível como estes dois géneros se podem complementar tão bem, com um grafismo muito inovador, onde se mistura a animação tradicional e flash, o efeito provocado no espectador é arrebatador.
O tema é bastante perturbador, retrata as memórias dos ex-combatente da guerra entre Israel e o Líbano, algumas imagens, ainda que em animação, são muito chocantes. Contudo, a mensagem final é muito bonita, pena é que Israel (o país donde nos chega esta magnífica obra-prima) não siga o conselho (um conselho pacifista e anti-guerra).
Outro factor também muito positivo, é a extraordinária banda-sonora que esteve a cargo de Max Richter, que acompanha sempre na perfeição todos os momentos do filme.
Ainda que esteja em projecção em muito poucos ecrãs não deixem de ver já que é um filme que não deixará ninguém indiferente, prova disso é o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro que recebeu no passado Domingo, dia 11 de Janeiro.


Obrigado pela visita, bons filmes e voltem sempre!


10/10


O espantoso trailer:

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Seven Pounds

Olá Cinemaníacos!

Seven Pounds, de Gabriel Muccino (The Pursuit of Happyness), é um dos piores filmes da história do cinema.
Tudo nesta "obra" é detestável, desde o argumento de Grant Nieporte, até à realização de Muccino, que após um razoável The Pursuit of Happyness realizou este com uma enorme presunção.
A interpretação de Will Smith (The Pursuit of Happyness e Hitch) é muito medíocre , bem como a da usualmente boa actriz Rosario Dawson (Death Proof e Sin City), mas o pior entre estes dois é a inexistente química o que torna a suposta cena do climax do filme descabida e incompreensível.
O único factor positivo, é a banda sonora, composta de óptimos temas, contudo completamente desajustada já que não se encaixa por mais que se queira na cena que decorre, é disto exemplo, a cena com o tema "Feeling Good" de Muse (Not Another Teen Movie e Little Nicky), onde apesar da música ser muito boa não tem qualquer ligação com o que decorre no ecrã.
Aconselho a todos a não visualização de Seven Pounds.

Obrigado pela visita, bons filmes e voltem sempre!

1/10

O aparentemente razoável trailer:

RocknRolla

Olá Cinemaníacos!

RocknRolla, de Guy Ritchie, é uma completa reviravolta no panorama dos filmes de acção.
É um facto que o estilo de Ritchie é inconfundível, e que de uns filmes para outros as inovações não são as maiores, contudo, as suas personagens bem delineadas, bem como o estilo gráfico do filme muito inovador, fazem com que seja sempre maravilhoso assistir a uma das suas obras, com um humor muito british e uma sensualidade inegável.
Outra constante dos filmes de Ritchie, são as muito ritmadas e cheias de adrenalina bandas sonoras que acompanham na perfeição as sequências muito enérgicas. Neste, a música de Steve Isles não é excepção.
Um factor negativo, mas que devido aos seus motivos acaba por ser positivo, é a personagem de Toby Kebbell (Match Point), o RocknRolla do título não aparecer tanto quanto merecia, já que todas as cenas em que surge são fabulosas dada a sua óptima versatilidade interpretativa.
Um filme muito bom, que nos deixa a ansiar pela sua sequela já anunciada, que se intitulará The Real RocknRolla.

Obrigado pela visita, bons filmes e voltem sempre!

8/10

O muito enérgico trailer: